Salamaleco,
Olá amigos, estou cada dia mais feliz em receber tantos retornos positivos sobre o blog. Fico feliz porque é um trabalho que faço em prol da dança que tanto amo. Eu vou a procura em todos os sites e faces sobre os eventos de DV em Brasília, depois caço fotos... Por isso que peço que me enviem fotos e publicidades, para que esse nosso espaço fique cada vez mais completo! (sugestões, fotos e eventos: deaguirro@hotmail.com)
Essa semana está fervendo de bons eventos e works em Brasília. Allah, dai-me forças e dinehiro para ir em tudo! (rs)
A semana começa agitadissima, com o projeto "Tribus Visceral" - "De tudo aquilo que sou e que conheço de minha verdade é tão intenso que não nego o que me é visceral", que vai acontecer no Mittelalter, hoje dia 14.06 a partir das 21hs e couvert a R$10,00
Bailarinas da noite: Shabbannah, Carol Freitas e Júlia Gunesh
Músicos: Renato Malcher, Renê Dalton e Toronto
Mas a semana ainda promete muito, para todas as tribos! Apenas ressaltando, esse espaço é para nossa arte e tem espaço para todos...
No dia 18.06 teremos os seguintes eventos:
Noite Árabe com Dueto Meio Oriente |
Noite Árabe com o Dueto Meio Oriente no Mittelalter a partir das 22hs, couvert a R$ 10,00
Músicos:
Bernardo Bittencourt -Oud, Cümbüş, Riqq
Renê Dalton - Derbake, Djembê, Didgeridoo, Snujs
Renê Dalton - Derbake, Djembê, Didgeridoo, Snujs
Bailarinas:
Aisha Dincer e Aini Dance No dia 19.06 é a hora de fazer os workshops das Divas das quais assistimos os shows na noite anterior. Então não vamos beber depois das apresentações, porque essas aulas valem muito... "Que eu nunca perca essa vontade louca de aprender, para que eu não seja a mesmice"
Dito isso, vamos agora nos agendar pois esse mês ainda promete muitos eventos bons:
É isso amigos, deixo vocês agora com um texto delicioso do amigo Renê Dalton. É um texto que acredito ter tudo haver com o trabalho que desenvolvo aqui. É um texto que também se encaixa direitinho com essa semana movimentada de eventos de DV e Tribal. Mas também é um texto crítico, que levanta questões das quais eu vivo pensando... (e depois da mensagem da amiga Raquel Duarte, vejo que não penso sozinha). Espero que gostem, como eu gostei.
AS ABELHAS QUE DANÇAM
Por Renê Dalton Heluany
"Você sabia que as abelhas dançam?
Após uma árdua busca por alimento, elas voltam para colméia, cansadas, esgotadas e nem isso as impede de dançar.
...Mas porque dançam as abelhas?
Dançam pela consciência coletiva, dançam para compartilhar, dançam para avisar, em sua dança "contam" para as outras abelhas as informações necessárias, pontos de referência existentes no caminho exato de onde se encontra o alimento, alimento esse necessário à sobrevivência de todas, à sobrevivência da colméia.
Uma linda e saracoteante dança em forma de oito, uma dança despida de ego, uma dança provedora, generosa.
Essas informações sobre a dança das abelhas, renderam ao pesquisador Karl von Frisch, da Universidade de Munique, na Alemanha o prêmio nobel de pesquisa, isso há meio século atrás.
Quem me conhece pessoalmente, quem já teve oportunidade de trabalhar comigo, nesses últimos dez anos que atuo no universo da Dança do Ventre, sabe o quanto compartilho e creio nesses ideais, GENEROSIDADE, CONSCIÊNCIA COLETIVA, COLABORAÇÃO, ALTRUÍSMO e RESPEITO.
Quando me indagam ou insinuam ciúmes de mim em relação ao empenho e carinho que venho dedicando ultimamente ao Movimento Tribal Fusion, sorrio em silêncio e do fundo do meu coração vem à resposta, no Movimento Tribal Fusion tenho encontrado muitas abelhas que dançam!!!
Tenho por todas as Bailarinas, independente de qual movimento, tribo ou linha que participam, um profundo respeito e admiração, o texto que escrevi em meados de 2000, conhecido por Baila Bailarina, é uma evidência concreta disso, esse mesmo texto pode ser encontrado em vários web sites, redes sociais e blogs, na maioria deles minha autoria não é sequer citada e mesmo assim, por partilhar da postura das abelhas que dançam, eu não me incomodo, fico feliz, pois afinal foi para TODAS as BAILARINAS que escrevi e dediquei esse texto.
Nessa mesma época, desenvolvi o web site Comunidade Virtual de Dança do Ventre no Brasil, a logo desse projeto era uma colméia, bailarinas, músicos, escolas e restaurantes árabes que tenham mais de dez anos de atuação na área, com certeza devem se lembrar disso, nesse web site eu cadastrava gratuitamente, de forma quase artesanal em txt, sem editores de html ou linguagem de programação orientada a banco de dados, todos que de forma direta ou indireta estavam ligados ao universo da Música Árabe e Dança do Ventre, o custo mensal de hospedagem e o anual de manutenção do domínio foram assumidos por mim e nunca cobrei de ninguém nada por isso.
Assim, como fazem as abelhas que dançam, meu objetivo era facilitar o acesso, mostrar o caminho, compartilhar informação com as pessoas que quisessem assistir um show de música árabe, dança do ventre, fazer aulas ou experimentar a deliciosa gastronomia dessa cultura tão rica e descriminada, da qual tenho a honra de ser descendente!!!
Tenho consciência de que todos têm direito a espaço, a realizarem trabalhos, feiras, organizar aulões e workshops, a garantirem o alimento dos seus, mas isso não dá o direito a ninguém, de ferir valores como lealdade e respeito. Todos sabem o quanto isso acontece na dança do ventre e na música árabe aqui no Brasil, eu até hoje presencio fatos assim, em atitudes de pessoas egoístas, covardes e mal resolvidas, ações dessa linha me envergonham e sinto, percebo e recebo isso como uma afronta, como uma tentativa de abortar e ferir a cultura dos meus ancestrais, dos meus patrícios, amigos e profissionais da área.
Se cada um de nós tiver em sua consciência, em sua orientação de conduta um pouco do que tem as abelhas que dançam, não haverá mais tribos distintas, haverá então uma grande e generosa colméia repleta de abelhas irmãs.
Sou abelha que dança, quero compartilhar na dança que meus dedos executam nos instrumentos de percussão o amor e respeito que tenho em abundância, por todas as bailarinas, por todos os músicos e percussionistas.
Sou abelha que dança, mas também tenho ferrão e jamais hesitarei em usá-lo se for necessário, mesmo que para isso, tenha de sacrificar a mim mesmo, a minha dança!!!"
Por Renê Dalton Heluany
"Você sabia que as abelhas dançam?
Após uma árdua busca por alimento, elas voltam para colméia, cansadas, esgotadas e nem isso as impede de dançar.
...Mas porque dançam as abelhas?
Dançam pela consciência coletiva, dançam para compartilhar, dançam para avisar, em sua dança "contam" para as outras abelhas as informações necessárias, pontos de referência existentes no caminho exato de onde se encontra o alimento, alimento esse necessário à sobrevivência de todas, à sobrevivência da colméia.
Uma linda e saracoteante dança em forma de oito, uma dança despida de ego, uma dança provedora, generosa.
Essas informações sobre a dança das abelhas, renderam ao pesquisador Karl von Frisch, da Universidade de Munique, na Alemanha o prêmio nobel de pesquisa, isso há meio século atrás.
Quem me conhece pessoalmente, quem já teve oportunidade de trabalhar comigo, nesses últimos dez anos que atuo no universo da Dança do Ventre, sabe o quanto compartilho e creio nesses ideais, GENEROSIDADE, CONSCIÊNCIA COLETIVA, COLABORAÇÃO, ALTRUÍSMO e RESPEITO.
Quando me indagam ou insinuam ciúmes de mim em relação ao empenho e carinho que venho dedicando ultimamente ao Movimento Tribal Fusion, sorrio em silêncio e do fundo do meu coração vem à resposta, no Movimento Tribal Fusion tenho encontrado muitas abelhas que dançam!!!
Tenho por todas as Bailarinas, independente de qual movimento, tribo ou linha que participam, um profundo respeito e admiração, o texto que escrevi em meados de 2000, conhecido por Baila Bailarina, é uma evidência concreta disso, esse mesmo texto pode ser encontrado em vários web sites, redes sociais e blogs, na maioria deles minha autoria não é sequer citada e mesmo assim, por partilhar da postura das abelhas que dançam, eu não me incomodo, fico feliz, pois afinal foi para TODAS as BAILARINAS que escrevi e dediquei esse texto.
Nessa mesma época, desenvolvi o web site Comunidade Virtual de Dança do Ventre no Brasil, a logo desse projeto era uma colméia, bailarinas, músicos, escolas e restaurantes árabes que tenham mais de dez anos de atuação na área, com certeza devem se lembrar disso, nesse web site eu cadastrava gratuitamente, de forma quase artesanal em txt, sem editores de html ou linguagem de programação orientada a banco de dados, todos que de forma direta ou indireta estavam ligados ao universo da Música Árabe e Dança do Ventre, o custo mensal de hospedagem e o anual de manutenção do domínio foram assumidos por mim e nunca cobrei de ninguém nada por isso.
Assim, como fazem as abelhas que dançam, meu objetivo era facilitar o acesso, mostrar o caminho, compartilhar informação com as pessoas que quisessem assistir um show de música árabe, dança do ventre, fazer aulas ou experimentar a deliciosa gastronomia dessa cultura tão rica e descriminada, da qual tenho a honra de ser descendente!!!
Tenho consciência de que todos têm direito a espaço, a realizarem trabalhos, feiras, organizar aulões e workshops, a garantirem o alimento dos seus, mas isso não dá o direito a ninguém, de ferir valores como lealdade e respeito. Todos sabem o quanto isso acontece na dança do ventre e na música árabe aqui no Brasil, eu até hoje presencio fatos assim, em atitudes de pessoas egoístas, covardes e mal resolvidas, ações dessa linha me envergonham e sinto, percebo e recebo isso como uma afronta, como uma tentativa de abortar e ferir a cultura dos meus ancestrais, dos meus patrícios, amigos e profissionais da área.
Se cada um de nós tiver em sua consciência, em sua orientação de conduta um pouco do que tem as abelhas que dançam, não haverá mais tribos distintas, haverá então uma grande e generosa colméia repleta de abelhas irmãs.
Sou abelha que dança, quero compartilhar na dança que meus dedos executam nos instrumentos de percussão o amor e respeito que tenho em abundância, por todas as bailarinas, por todos os músicos e percussionistas.
Sou abelha que dança, mas também tenho ferrão e jamais hesitarei em usá-lo se for necessário, mesmo que para isso, tenha de sacrificar a mim mesmo, a minha dança!!!"
Para fechar a ideia desse texto, deixo como mensagem da semana um trecho do livro "O Viajante" de Khalil Gibran:
"Um dia, veio à corte do Príncipe de Birkasha, uma dançarina e seus músicos. ...e ela foi aceita na corte...e ela dançou a música da flauta, da cítara e do alaúde.
Ela dançou a dança das chamas e do fogo, a dança das espadas e das lanças; e ela dançou a dança das flores ao vento.
Ao terminar, virou-se para o príncipe e fez uma reverência. Ele então, pediu-lhe que viesse mais perto e perguntou-lhe: 'Linda mulher, filha da graça e do encantamento, de onde vem tua arte e como é que comandas todos os elementos em seus ritmos e versos?
A dançarina aproximou-se, e curvando-se diante do príncipe disse: Majestade, respostas eu não tenho às vossas perguntas. Somente isso eu sei: a alma do filósofo vive em sua cabeça, a alma do poeta vive em seu coração, a alma do cantor vive em sua garganta, mas a alma da dançarina habita em todo o seu corpo.” Uma semana iluminada a todos!
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